quarta-feira, 7 de junho de 2017

CULTO DOS CAVEIRAS



O espaço, de acordo com informações do portal Vice, foi construído com mão de obra e contribuições dos próprios soldados e também de moradores da comunidade Tavares Bastos, vizinha à sede do BOPE. O jornal O Dia estimou entre R$ 40 e R$ 50 mil o custo da obra.
Apelidado de “culto dos caveiras“, a cerimônia inaugural do templo contou ainda com a presença da banda da Polícia Militar do Rio de Janeiro, embora os músicos tenham precisado deixar o local antes do fim da celebração, devido a uma convocação para prestar homenagens a um colega morto em serviço.

O pregador do dia foi o pastor e jornalista Antonio Carlos Costa, presidente da ONG Rio de Paz, convidado especialmente para inauguração do templo. Em seu sermão, falou sobre o encontro entre Jesus e Nicodemos, líder religioso de alta influência na sociedade à época.
Costa afirmou que Nicodemos saía para encontrar Jesus na calada da noite, pois não gostaria de ser visto com o mestre que era mal visto pelo clero. Segundo o jornalista Yago Gonçalves, o pastor centrou sua mensagem no conceito básico da passagem: o “nascer de novo”.
Com pequenos reparos a serem feitos na escada de acesso ao templo, a inauguração foi parcial, mas contou com a presença de familiares dos soldados e amigos, relatou Gonçalves.
“O comandante da corporação cortou uma pequena fita amarela e todos entraram no espaço com uma enorme alegria. Alguns choraram. Então, todos fecharam os olhos e oraram — talvez um dos poucos momentos em que os Caveiras, diante de desconhecidos, se dão ao luxo de fechar os olhos”, observou o jornalista.
“Estamos muito felizes com essa conquista e por poder mostrar à sociedade que na nossa instituição há pessoas de fé que, além de suas missões militares no dia a dia, buscam levar a palavra de Deus à comunidade, interagindo e ficando cada vez mais próximas a ela”, disse o subtenente André Monteiro, presbítero na nova igreja. “Para nós, missão dada é missão cumprida. Inclusive com relação às coisas de Deus”.

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